Colunas

CIBRACERJ - Colunas - União estável e drogas

União estável e drogas

23/08/2016

Vlademir José Luft

 

União estável e drogas

 

Como SER pensador e formador de opinião, na medida que sou educador, necessito manifestar-me acerca das questões sociais que vivemos. Sei que esta minha opinião é polêmica e poderá gerar controvérsias, mas não posso deixar de mencionar que aqueles que estão em meus locais de trabalho esperam por isso, quando não, questionam-me sobre elas, as problemáticas. Antes vale a pena lembrar que eu, particularmente, sou contra a existência do Estado. Sou contra sua presença.

Uma grande questão social que estamos vivendo diz respeito a “união estável” entre pessoas do mesmo sexo. Sobre isso, é necessário lembrar que quem está julgando isso é o Estado através de uma de suas instancias, a Judiciária. O Estado é uma representação da sociedade e não existe se não para representar e proteger o direito e a liberdade dos cidadãos que o compõe. Dessa forma, permitir que seja legal algo que uma parcela de seus membros desejam, é dever do Estado. É papel do Estado tornar legal a união entre seus membros, sejam eles do mesmo sexo ou não. Não cabe, neste ponto, julgar se isso é bom ou correto diante da visão religiosa. É por isso e para isso que o Estado deve ser leigo. É problema da(s) Igreja(s), aceitar ou rejeitar, esse tipo de membro e de união em seu interior. O que o Estado não pode fazer é obrigar que estas, as Igrejas, aceitem este tipo de comportamento e atitude. Já que tenho que viver sob a ordem de um Estado, quero-o organizando as vontades e ordens de sua sociedade e não vendo-o reprimi-la, sujeitando-a aos seus caprichos e acordos. Cabe dizer, ainda, que por minha vontade, sou contra este tipo de união, mas devo respeitar a vontade daqueles que desejam viver e unirem-se desta forma, esperando que eu também seja respeitado pela forma como quero viver e pensar. O meu DEUS, o DEUS a quem sirvo, ensina-me o que devo ser, e assim o sou.

Outra grande questão social diz respeito às campanhas para a descriminalização e legalização da maconha. Aqui cabe o mesmo tipo de pensamento já apresentado. Não sou usuário de drogas, nunca o fui. Nem mesmo de algumas das chamadas drogas socialmente aceitas, como o cigarro, de tabaco, as bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, ou os medicamentos. Neste caso a discussão deveria ser mais clara. Entendo que são questões diferentes descriminalizar e legalizar. Neste sentido, as passeatas estão equivocadas, pois na sua grande maioria, o que se percebe são usuários promovendo e participando, com o apoio da imprensa, ou parte dela, de eventos que não são objetivos e acabam ganhando antipatias ou simpatias. É necessário um painel claro acerca da questão. Seminários sobre os temas descriminalização e legalização. Esse deve ser o papel do Estado. Depois disso, projetos que possam encaminhar questões. Hoje não temos questões. Não basta defender ou atacar. Por isso, apesar de ser contra o uso indiscriminado como acontece, entendo que com uma postura de Estado, muito melhor viveríamos. 

Voltar para colunas